Fabio Latorre, melhor mecânico do Brasil em julho e campeão do ranking Selo de Qualidade, responde à pergunta
Ele pedalava e sempre gostou de fazer os ajustes na própria bicicleta, pois não encontrava mecânicos aptos a realizarem os serviços de manutenção. Desconfiança? Receio de não prestarem o melhor serviço? Falta de conhecimento por parte dos profissionais? Tudo isso levou Fabio Latorre a buscar a capacitação em mecânica de bikes e obter sua autonomia no assunto. E, por receber o Selo de Qualidade após a formação profissional, neste mês, ele foi eleito pela segunda vez o melhor mecânico do Brasil, em avaliação feita pelos ciclistas.
O que antes era algo para ser de autoconhecimento próprio, sem ambições financeiras enquanto negócio, pouco tempo depois mudou. A criação da Oficina do Latorre, em São Paulo, veio para preencher uma lacuna ainda existente no mercado de mecânica de bicicletas: a falta de profissionalismo e qualificação.
“Estava procurando há um tempo um jeito de conseguir melhorar a manutenção da minha bike, pois gostava de eu mesmo fazer. Como sempre pedalei e entendia um pouco, vi que a maioria dos profissionais não davam a atenção necessária, nem eram organizados ou sinceros quanto ao trabalho realizado. Percebi, então, que após o curso eu mesmo era capaz de oferecer um serviço de qualidade como eu imaginava e esperava enquanto ciclista”, explica Fabio Latorre.
Para poder entender um pouco sobre o mercado e questão do profissionalismo dos mecânicos, Fabio encontrou na Escola Park Tool o conhecimento necessário. Tudo sobre o funcionamento de uma bike e seus componentes, manuais de uso de marcas, ferramentas adequadas, gestão de negócios, postura enquanto prestador de serviço e muito mais foi absorvido por ele durante o curso de Formação Profissional.
A preocupação com o problema do ciclista e transparência são essenciais num mecânico de bicicletas
Latorre comenta que, enquanto ciclista, o que mais lhe incomodava era o fato de muitas vezes não saber o que de fato era feito em sua bicicleta. E, após compreender o funcionamento das bikes e importância das ferramentas certas para determinados tipos de ajustes, pôde oferecer algo diferente para seus clientes, aplicando seu conhecimento na rotina da oficina.
“Era raro ver os mecânicos de bicicleta usarem o torquímetro, era mais na base do improviso. Além disso, eu dificilmente tinha um feedback preciso sobre o que era feito na minha bike, e observava a falta de organização das oficinas. Por isso, na minha oficina busco ser o mais transparente possível e explicar exatamente tudo o que fiz e o que deve ser feito para resolver os problemas dos ciclistas”, comenta ele.
Além da transparência e honestidade, fundamentos básicos em qualquer profissão, Latorre gosta de pensar na organização como um diferencial para os mecânicos de bike: “Isso eu aprendi após o curso, e é essencial para um bom mecânico. A capacitação me ensinou a importância de investir e utilizar as ferramentas certas e hoje organizo meu painel de acordo com as etapas do processo de ajuste mecânico”.
O mecânico formado na Escola Park Tool faz questão de mostrar ao ciclista cada ajuste e conserto realizado, explicando os motivos porque os fez. Isso demonstra a preocupação que tem com os problemas do seu cliente, o que gera ainda mais confiança e segurança por parte dos ciclistas. Além disso, ele diz, “procuro sempre dar dicas de manutenção e conservação da bike, mostrando algumas práticas que podem fazer a diferença para a longevidade da magrela, pois mostra minha honestidade, que não quero enganar o cliente”.
E você, o que faz de diferente em sua oficina? A capacitação profissional prepara para o mercado e inspira a realizar o melhor serviço possível. Está pronto?
Deixe um comentário