
As mountain bikes elétricas (E-MTB) passaram a liderar o mercado brasileiro de bicicletas elétricas em 2024, tanto em faturamento quanto em volume de produção. Segundo o novo Boletim Técnico – Mercado de Bicicletas Elétricas da Aliança Bike, esse segmento agora representa 50% da produção nacional de e-bikes com pedal assistido, superando pela primeira vez as elétricas urbanas, que ficaram com 48%.
O tíquete médio mais alto das E-MTB faz com que elas concentrem mais de 70% do faturamento do setor, em um mercado estimado em R$ 511 milhões anuais (excluindo os modelos autopropelidos). A demanda crescente por bikes elétricas voltadas ao uso esportivo está mudando o perfil de consumo e exigindo novas estratégias dos lojistas.
Em 2024, o mercado brasileiro recebeu 212 mil novas bicicletas elétricas e veículos autopropelidos. Desse total, 53.591 unidades são de e-bikes com pedal assistido, o que representa um crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior. Os modelos autopropelidos, com acelerador, continuam dominando em volume, com 160 mil unidades — o equivalente a ¾ do mercado.
A expectativa da Aliança Bike é de um crescimento mais robusto em 2025, com projeções que variam entre 42% e 55%, o que pode elevar o número de elétricas com pedal assistido para mais de 80 mil unidades.
Cenário propício para lojas de bike
Diante desse cenário, lojistas precisam estar atentos a dois pontos principais: atendimento técnico especializado e capacitação da equipe de vendas. As E-MTB exigem manutenção mais complexa, com foco em componentes como suspensão, rodas e pneus. É fundamental que a estrutura das oficinas esteja preparada para essa nova demanda, tanto em termos de ferramental quanto de conhecimento técnico – lembre-se que uma experiência positiva é fundamental para fidelizar o consumidor.
Além disso, o aumento da frota de elétricas — que já ultrapassa 300 mil unidades em circulação no Brasil — torna o serviço de pós-venda um diferencial competitivo. A oferta de peças específicas, diagnósticos eletrônicos e orientação sobre uso correto da bateria e recarga segura pode impactar diretamente a fidelização do cliente.
Finalizado, vale destacar que o crescimento dos autopropelidos, impulsionado por mudanças na legislação (como a Resolução Contran nº 996/2023), amplia ainda mais a responsabilidade das lojas em orientar os consumidores sobre as diferenças entre categorias, regras de circulação e cuidados com os veículos.
O mercado de bicicletas elétricas no Brasil avança rapidamente, e os lojistas que souberem acompanhar essa transformação — ajustando portfólio, serviços e estrutura técnica — terão mais chances de se destacar. As E-MTB, antes consideradas nicho, agora são protagonistas. Estar pronto para atendê-las não é mais diferencial, é necessidade.
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